A série de depoimentos que pretende esclarecer as causas do incêndio na boate Cabaret, em Porto Alegre, começou nesta segunda-feira. Quatro pessoas foram ouvidas, entre elas os proprietários do estabelecimento que foi destruído pelo fogo na noite de sábado, e duas testemunhas: um vizinho da casa noturna e um funcionário do local. Segundo o titular da 17ª DP de Porto Alegre, os depoimentos foram importantes para esclarecer o local onde as chamas começaram. Conforme o depoimentos do sub-gerente e de um funcionário, o fogo começou no escritório, no segundo andar. Por esse motivo, o delegado Hilton Muller diz ser improvável que o incêndio tenha começado de forma criminosa.
"Aquela hipótese de que algo pudesse ter sido jogado sobre o telhado e provocado o incêndio, neste momento, está descartada - diz, com base, principalmente no depoimento do vizinho da boate, que acionou os bombeiros no dia do incêndio."
As investigações continuam na polícia, mas somente o laudo do Instituto Geral de Perícias vai determinar como o fogo começou. O laudo deve ficar pronto em 30 dias. O delegado pediu aos proprietários cópias de documentos como o Plano de Prevenção Contra Incêndios e o alvará dos bombeiros. Eles referiram que têm algum material digitalizado, mas outros foram consumidos pelo fogo. Na tarde desta segunda-feira, a Secretaria de Urbanismo de Porto Alegre, confirmou que o Cabaret ainda deve uma série de documentos a prefeitura, entre eles o habite-se. Um dos proprietários da boate, Carlos Beust de Oliveira, afirma que o estabelecimento tem um habite-se de casa residencial e tenta regularizar a situação desde 2010, mas enfrenta a burocracia da prefeitura. Sobre a reabertura do espaço, ele acredita que será possível, mas não no mesmo local.
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