O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (17) que não considera seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky, "responsável" pela invasão russa ao seu país, mas o criticou novamente.
Trump alegou falsamente diversas vezes que a Ucrânia iniciou a guerra e esta semana acusou Zelensky de ser responsável por "milhões" de mortes.
"Não responsabilizo Zelensky, mas não estou exatamente feliz que essa guerra tenha começado", disse Trump na Casa Branca ao lado da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
"Não estou culpando ele, mas o que estou dizendo é que eu não diria que ele fez um trabalho excelente, entende? Não sou muito fã dele", acrescentou.
No início desta semana, Zelensky convidou Trump para visitar a Ucrânia e ver pessoalmente a devastação da guerra, em uma entrevista à CBS, à qual Trump respondeu com ameaças contra a rede de televisão.
Os dois tiveram uma discussão acalorada na Casa Branca no final de fevereiro, que foi acompanhada pelo vice-presidente dos EUA, JD Vance.
"Juntos, defendemos a liberdade da Ucrânia; juntos, podemos construir uma paz justa e duradoura. Apoiamos seus esforços", disse Meloni aos repórteres.
A líder de extrema direita tem apoiado os esforços europeus para reforçar as defesas da Ucrânia desde o início da invasão russa em 2022.
Nesta quinta-feira, Trump afirmou que um acordo pode ser alcançado com a Ucrânia na próxima semana para extrair minerais estratégicos do país devastado pela guerra.
"Temos um acordo sobre minerais que presumo que será assinado (...) na próxima quinta-feira. Em breve. E presumo que eles vão honrar o acordo", disse ele.
No final de fevereiro, o acordo estava prestes a ser assinado, mas fracassou após o confronto verbal de Trump com Zelensky.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse à AFP que o acordo deve ser finalizado até 26 de abril.
* AFP