
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não espera um novo aumento de tarifas sobre a China, sinalizando uma possível trégua na escalada da guerra comercial com Pequim, após impor novas tarifas recíprocas sobre o país asiático nesta quarta-feira (9), que somam 125%.
Em coletiva de imprensa no Salão Oval, na Casa Branca, Trump afirmou ter certeza de que será feito "um bom acordo com a China" e que "não imaginava que a suspensão das tarifas teria todo esse impacto".
O presidente dos EUA também afastou a possibilidade de uma escalada para além do campo comercial com a China, afirmando que o presidente chinês, Xi Jinping "é uma das pessoas mais inteligentes do mundo".
— (Ele) não deixaria o conflito com EUA escalar além do lado comercial — disse.
Trump também afirmou que encontraria normalmente com Jinping.
— Gosto muito dele, o respeito muito — disse.
Nesta quarta, a China anunciou a imposição de taxas de 84% em retaliação às tarifas recíprocas aplicadas pelos EUA. O país asiático afirmou também que "lutará até o fim".
Na coletiva, Trump ainda citou um aumento na arrecadação com a imposição das tarifas.
— Estamos fazendo US$ 2 bilhões por dia com tarifas. Vamos ver como vai ficar agora — disse, referindo-se à pausa das tarifas recíprocas e aplicação de 10% para todos os países, exceto a China, por 90 dias.
TikTok, Irã e guerra entre Rússia e Ucrânia
O presidente dos EUA também abordou outros temas durante a coletiva. Sobre a rede social TikTok, afirmou que "o acordo ainda está na mesa" e que "a China não está muito feliz em assiná-lo agora", mas acredita que o país que formalizar.
Na sexta-feira (4), o presidente estendeu o prazo em mais 75 dias para que a plataforma encontre um novo comprador e evite o banimento nos Estados Unidos.
Sobre o Irã, Trump afirmou que o país "não pode ter uma arma nuclear" e que os EUA "não podem deixá-los ter uma". Disse ainda que "quer que o Irã prospere, mas eles entendem que não podem ter arma nuclear" e advertiu que "podemos fazer ações militares no Irã se for necessário. Israel estará envolvido nisso também".
Já em relação à guerra no leste europeu, o presidente disse esperar uma solução diplomática.
— Quero que a Rússia e a Ucrânia façam um acordo. Há escolas sendo bombardeadas — declarou. Ao ser questionado sobre a possibilidade de reduzir o número de tropas americanas na Europa, respondeu que "depende, vamos discutir".