
Caso a China não suspenda até a terça-feira (8), as tarifas retaliatórias de 34% contra os Estados Unidos, os americanos aplicarão tarifas adicionais de 50% ao país asiático, com efeito a partir de 9 de abril, disse o presidente norte-americano Donald Trump na Truth Social.
As taxas chinesas foram anunciadas na semana passada, em resposta às sobretaxas impostas por Donald Trump.
Trump afirmou ainda que todas as negociações com a China sobre as "reuniões por eles solicitadas" serão encerradas.

Embate com a China
Na sexta-feira (4), a China anunciou que irá impor tarifas de 34% sobre os produtos importados dos Estados Unidos em resposta às taxas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na última quarta-feira (2).
No mesmo dia, o país asiático registrou queixa contra os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC). O Ministério do Comércio da China disse, em nota, que as novas tarifas dos EUA são "típica intimidação unilateral" que violam as regras da OMC. O governo chinês pediu aos EUA que retirassem as sobretaxas.
Tarifaço de Donald Trump
No dia do anúncio das taxas, Trump exibiu tabela com as alíquotas cobradas pelos países e as que serão aplicadas pelos EUA. A tarifa média, segundo ele, será de 25%.
Para a China, a taxação será de 34%, e para a União Europeia, 20%. Camboja, com 49%, e Madagascar, com 47%, lideram. Já o Brasil, terá alíquota de 10%.
A ação faz parte de uma série de tarifas aplicadas pelo presidente dos Estados Unidos desde o início de seu segundo mandato, em janeiro.
Nos últimos meses, ele também tarifou produtos importados do Canadá, México e China, assim como sobre o aço e alumínio importados de qualquer país.
As tarifas anunciadas por Trump
- Tarifa de 25% sobre qualquer país que importe petróleo e/ou gás da Venezuela
- Tarifas adicionais de 20% sobre a China
- Tarifas sobre medicamentos farmacêuticos importados, ainda a serem definidas
- Tarifa de 25% sobre a importação de aço e alumínio, já em vigor desde 12 de março
- Tarifas de 25% sobre algumas das importações do México e do Canadá e que não se enquadrem no USMCA (acordo comercial que existe entre os três países)