A Rússia afirmou nesta segunda-feira (14) que bombardeou uma reunião do Exército ucraniano em Sumy no domingo e acusou Kiev de usar civis como "escudo humano" após o ataque, um dos mais sangrentos desde o início do conflito.
O bombardeio com mísseis balísticos deixou pelo menos 34 mortos no centro da cidade ucraniana, em pleno Domingo de Ramos, data importante no calendário cristão.
O Ministério da Defesa afirmou disse em um comunicado nesta segunda-feira que suas tropas lançaram dois mísseis Iskander contra uma "reunião de comando" do Exército ucraniano em Sumy, no nordeste do país.
Kiev "continua usando a população ucraniana como escudo humano, ao colocar instalações militares ou organizar eventos com participação militar no centro de uma cidade densamente povoada", acrescentou.
A acusação russa parece indicar que Moscou reconhece o fato de que o bombardeio matou civis, embora não de forma totalmente clara.
A Rússia costuma negar veementemente que bombardeia infraestruturas civis na Ucrânia.
Várias cidades foram destruídas desde o início da ofensiva russa em fevereiro de 2022, que também matou e feriu dezenas de milhares de civis.
O ataque a Sumy, condenado pelas potências ocidentais, ocorreu apenas dois dias após a visita de uma autoridade americana à Rússia. O enviado do governo Trump, Steve Witkoff, reuniu-se com o presidente russo, Vladimir Putin, na sexta-feira, pela terceira vez desde fevereiro.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta segunda-feira que esses contatos foram "extremamente úteis e muito eficazes".
Peskov elogiou um canal de comunicação que permite que líderes russos e americanos troquem diretamente "diferentes elementos de suas posições sobre todos os tipos de questões".
* AFP