Os preços do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (16), impulsionados pelos sinais de abertura de Pequim às negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas alfandegárias, mas estagnaram ao final da sessão devido aos comentários do presidente do Fed, banco central americano.
O preço do barril Brent do Mar do Norte para entrega em junho subiu 1,82%, a 65,85 dólares.
Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate, para entrega em maio avançou 1,86%, para 62,47 dólares.
Nesta quarta, a China anunciou a nomeação de um novo chefe para as negociações comerciais e alertou que não temia "lutar" com os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que defendeu o diálogo.
"Se os Estados Unidos realmente querem resolver o assunto mediante o diálogo e a negociação, deveriam parar de exercer pressão extrema, parar de ameaçar e chantagear e falar com a China com base na igualdade, no respeito e no benefício mútuo", disse, nesta quarta, Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
Na véspera, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, havia dito que "a bola está no campo da China".
O presidente americano, Donald Trump, "afirmou, de novo, que claramente está aberto a um acordo com a China. Mas é a China que precisa de um acordo com os Estados Unidos" e não o contrário, disse a porta-voz à imprensa.
Essas perspectivas fizeram subir os preços do petróleo.
Ao final da sessão, os operadores se mostraram pessimistas devido ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), banco central americano, Jerome Powell, que exerceu certa pressão sobre os preços.
"É muito provável que as tarifas gerem pelo menos um aumento temporário da inflação", disse Powell durante o Economic Club, em Chicago. Ele também alertou que os efeitos inflacionários "poderiam ser mais persistentes".
* AFP