A mulher que ficou gravemente ferida na segunda-feira em Paris durante uma sessão de crioterapia em uma academia, que resultou na morte de uma funcionária, está com "morte cerebral" desde quinta-feira, anunciou o Ministério Público nesta sexta (18).
Esse método, chamado de "terapia do frio", envolve colocar uma pessoa em uma cabine onde a temperatura fica abaixo de -110°C por dois a três minutos.
A pessoa é imersa em banheiras de água gelada ou câmaras de nitrogênio.
O sistema, originalmente destinado a atletas de alto nível para prevenir dores musculares após exercícios, também é usado para aliviar condições inflamatórias ou neurológicas, sendo utilizado até mesmo fora de qualquer contexto patológico.
Embora essa técnica possa causar efeitos colaterais graves, não há regulamentações claras sobre seu uso na França.
Os fatos ocorreram na tarde de segunda-feira. Uma funcionária da academia, nascida em 1996, faleceu.
Outra pessoa, cliente do estabelecimento e nascida em 1991, foi hospitalizada em estado grave e colocada em coma induzido.
A jovem está com "morte cerebral desde ontem", quinta-feira, informou o Ministério Público.
"O relatório da autópsia da primeira vítima conclui uma síndrome de asfixia em um ambiente com pouco oxigênio", disse o Ministério Público.
Isso reforça a hipótese de um vazamento de nitrogênio na cabine de crioterapia, levantada na segunda-feira à noite por uma fonte próxima à investigação, que disse que a cabine havia sido consertada na segunda-feira.
O nitrogênio é um gás inodoro que causa diminuição de oxigênio no ar e pode provocar uma intoxicação.
A polícia abriu uma investigação.
* AFP
