
A Comissão de Comércio Justo do Japão (JTC, na sigla em inglês) acusa o Google de dificultar acesso a outros mecanismos de buscas em smartphones e tablets com sistema Android no país. Com isso, nesta terça-feira (15) o órgão ordenou que a big tech interrompa as práticas, que classificou como "anticompetitivas".
Conforme a determinação, a primeira ordem do tipo contra uma gigante da tecnologia dos Estados Unidos no país, desde julho de 2020 o Google vinha dificultando que alguns fabricantes de smartphones e uma operadora de telefonia móvel oferecessem com facilidade serviços de busca concorrentes em aparelhos com o sistema Android.
O Google afirmou estar desapontado com as conclusões da comissão e argumentou que seus acordos com parceiros no Japão incentivam a concorrência e fortalecem a capacidade dessas empresas de investir em inovação de produtos, oferecendo mais opções aos consumidores. A companhia disse que vai analisar cuidadosamente a decisão para definir os próximos passos.
O JTC indica que o Google exigia que determinados fabricantes pré-instalassem seu mecanismo de busca e navegador Chrome como padrão na tela inicial dos aparelhos. A comissão também apontou que, para compartilhar parte da receita com anúncios de busca, a empresa impunha como condição o uso exclusivo de seus serviços por algumas fabricantes e por uma operadora de telefonia.
O regulador determinou ainda que o Google indique uma entidade independente para monitorar o cumprimento das medidas impostas. Esse agente externo deverá apresentar relatórios anuais à comissão pelos próximos cinco anos.