
Um dirigente do Hamas afirmou nesta segunda-feira (14) que o grupo terrorista está disposto a libertar todos os reféns israelenses ainda mantidos em Gaza em troca de garantias de que Israel encerrará a guerra no território devastado.
Uma delegação do Hamas viajou ao Cairo neste fim de semana para falar com representantes egípcios e cataris que, juntamente com os americanos, mediam a guerra que assola a Faixa de Gaza há mais de 15 meses.
— Estamos preparados para libertar todos os (reféns) israelenses dentro da estrutura de um verdadeiro acordo de troca de prisioneiros e em troca do fim da guerra, da retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza e da entrada de ajuda humanitária — disse o líder do Hamas, Taher al-Nunu, à AFP.
O líder, no entanto, acusou Israel de obstruir o progresso em direção a um cessar-fogo.
— O problema não é o número de reféns a serem libertados, mas sim o fato de que (Israel) recua em seus compromissos, bloqueia a implementação do acordo de cessar-fogo e continua com a guerra — disse. — É por isso que o Hamas insiste na necessidade de garantias que forcem (Israel) a respeitar o acordo.
Libertação de reféns
De acordo com o site de notícias israelense Ynet, uma nova proposta foi entregue ao Hamas, que incluiria a libertação de dez reféns vivos em troca de garantias dos EUA de que Israel iniciará negociações para uma segunda fase do cessar-fogo.
A primeira fase da trégua, entre 19 de janeiro e 17 de março, permitiu o retorno de 33 reféns, incluindo oito que morreram, em troca da libertação de aproximadamente 1,8 mil prisioneiros palestinos por Israel.
No entanto, os esforços para estender o cessar-fogo enfrentaram divergências sobre o número de reféns que o Hamas deveria libertar.
Al Nunu também afirmou que o Hamas não se desarmaria, uma das condições exigidas por Israel para acabar com a guerra.
— As armas da resistência não estão sujeitas à negociação — disse ele.