Os Estados Unidos atacaram mais de 800 alvos no Iêmen desde meados de março e mataram centenas de rebeldes huthis, incluindo membros da direção do grupo, informou o Exército americano neste domingo (27).
As forças americanas bombardearam os huthis quase todos os dias desde 15 de março em uma operação chamada "Rough Rider", com o objetivo de pôr fim aos ataques dos rebeldes a embarcações no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, uma rota marítima-chave.
"O CENTCOM atacou mais de 800 alvos. Esses ataques mataram centenas de combatentes e muitos líderes huthis", afirmou em comunicado o comando militar americano que opera no Oriente Médio.
"Os ataques destruíram diversas instalações de comando e controle, sistemas de defesa aérea, instalações de fabricação de armas avançadas e lugares de armazenamento de armas avançadas", acrescentou o CENTCOM.
Apesar da ofensiva, os huthis, que controlam grandes extensões do Iêmen e estão em guerra desde 2015 com uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, continuam reivindicando ataques contra navios americanos e israelenses.
Os rebeldes começaram seu assédio aos barcos no final de 2023, em "solidariedade" aos palestinos da Faixa de Gaza, devastada pela guerra entre Israel e o grupo islamista Hamas.
Os ataques huthis impediram a passagem pelo Canal de Suez, uma rota vital por onde transita normalmente cerca 12% do comércio marítimo mundial, o que obrigou muitas empresas a realizar um desvio dispendioso pelo extremo sul da África.
"Embora os huthis tenham continuado seus ataques a nossos navios, nossas operações reduziram o ritmo e a eficácia de seus ataques. Os lançamentos de mísseis balísticos diminuíram em 69%", acrescentou o Exército americano.
"Sem dúvida, o Irã segue oferecendo apoio aos huthis. Os huthis só podem continuar atacando nossas forças com o apoio do regime iraniano", denunciou o comando militar.
* AFP