Jovany Chiguachi trocou suas montanhas colombianas pelas praias do norte da França para empinar suas coloridas pipas hexagonais em um dos festivais mais importantes do mundo, que este ano homenageia o país andino.
Usando um chapéu para se proteger do sol, este engenheiro de 42 anos pilota um tradicional "pandero" colombiano, com uma cauda de 18 metros de comprimento, inspirado pelo artista colombiano Omar Rayo, neste sábado (12), na praia de Berck.
"A pipa tradicional colombiana é hexagonal, ou seja, tem formato geométrico com vários lados. Sua principal característica é a cauda longa", explica o nativo de Manizales, que considera "uma grande honra" participar do festival.
A 38ª edição do Encontro Internacional de Pipas de Berck presta homenagem à tradição colombiana de inundar os céus de suas cidades, especialmente em Villa de Leyva.
"Faltava um continente" para homenagear e "a Colômbia é o país sul-americano com mais compromissos", disse à AFP Roger Tessa-Gambassi, diretor artístico do festival, apresentando-o como uma "Meca" para os fãs.
No início de uma tarde quente de primavera, centenas de pessoas sentam-se na fina areia branca esperando o voo das tradicionais pipas colombianas, que uma delegação de 16 fabricantes de pipas lançará todos os dias até 20 de abril.
Sete "panderos" hexagonais e de outras formas geométricas erguem-se no céu de Berck, pintando-o com as cores amarela, azul e vermelha da Colômbia, graças às suas longas linhas, ao ritmo da cumbia e de artistas internacionais, como Karol G.
Embora a história de empinar pipa em Berck remonte ao final do século XIX com o desenvolvimento da fotografia aérea, os Encontros Internacionais são realizados anualmente desde 1987 em sua praia às margens do Canal da Mancha.
Cerca de 450 fabricantes de pipas de 29 países diferentes - do Chile ao Japão, Estados Unidos, México, Brasil, Espanha e China - participam da edição atual, que deve atrair até um milhão de espectadores, de acordo com os organizadores.
* AFP