
As bolsas de valores da Europa e da Ásia registraram queda na manhã desta sexta-feira (4), após o anúncio de novas tarifas feito pela China em resposta ao tarifaço de Donald Trump.
De acordo com o g1, o índice Euro Stoxx 50, que reúne ações de 50 das principais empresas da Europa, teve queda de 5,35%. A bolsa de Londres caiu 3,48%, a de Frankfurt, 4,46%, a de Paris, 3,83%, a de Milão, 7,18% e a de Madri, 5,66%.
Na Ásia, as principais bolsas também fecharam em baixa. A Hang Seng, de Hong Kong (território chinês), caiu 1,52%, a Nikkei 225, do Japão, 2,8%, a Kospi, da Coreia do Sul, 0,86%, a SET, da Tailândia, 3,15% e a Nifty 50, da Índia, teve queda de 1,49%.
A ofensiva protecionista de Trump, sem precedentes desde a década de 1930, consiste em uma tarifa mínima de 10% sobre todas as importações e sobretaxas seletivas para determinados países. As tarifas serão de 20% para a União Europeia, 24% para o Japão, 26% para a Índia, 31% para a Suíça e 46% para o Vietnã. Já a China terá tarifas de 34%.
A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou em comunicado divulgado na quinta-feira (3) que as taxas impostas pelos EUA "claramente representam um risco significativo para as perspectivas globais em um momento de crescimento muito lento".
Várias economias latino-americanas aparecem na lista: Brasil, Colômbia, Argentina, Chile, Peru, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Guatemala, Honduras e El Salvador. Serão aplicadas tarifas de 10% às importações dessas origens, ou seja, a alíquota mínima. A exceção é a Nicarágua, com 18%.
O imposto universal de 10% entrará em vigor neste sábado (5) e as taxas mais altas começam a vigorar em 9 de abril. Alguns bens, como cobre, produtos farmacêuticos, semicondutores, madeira, ouro, energia e "certos minerais" não estão sujeitos a tarifas.