A Bolsa de Valores de Nova York fechou em forte queda nesta quinta-feira (13), pressionada pelos novos acontecimentos na guerra comercial lançada pelo governo do presidente republicano Donald Trump e em meio a preocupações sobre o impacto dessas medidas no crescimento americano.
O índice Dow Jones Industrial caiu 1,30%, para 40.813,57 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recuou 1,96%, a 17.303,01 unidades.
Por sua vez, o ampliado S&P 500 - referência principal dos investidores - caiu 1,39%, aos 5.521,52 pontos, entrando em zona de correção, o que significa que perdeu 10% desde o seu pico anual alcançado em 19 de fevereiro.
A bolsa americana tem sido fortemente afetada pelas novas "ameaças de tarifas alfandegárias, pela incerteza em torno das represálias e, consequentemente, a possibilidade de uma recessão", disse à AFP Sam Stovall, da CFRA.
Desde que voltou ao poder em janeiro, Trump lançou uma ofensiva comercial que afeta aliados e rivais por igual.
Nesta quinta-feira, ameaçou a França e a União Europeia (UE) com tarifas de 200% sobre seu champanhe, vinho e outras bebidas alcoólicas se o bloco não abandonar as tarifas de 50% anunciadas sobre o uísque americano.
O mercado dos Estados Unidos navega às cegas há várias semanas, com idas e vindas sobre as tarifas alfandegárias. "O problema é que não sabemos exatamente até onde isso vai", declarou Stovall.
Os dados sobre a inflação nos Estados Unidos, em princípio positivos, foram no entanto ignorados pelos investidores, mais atentos aos números sobre crescimento econômico, dependentes das tarifas, apontou.
No mercado de títulos públicos, o rendimento dos papéis da dívida americana com vencimento em dez anos caiu para 4,27%, em comparação com 4,31% no fechamento de ontem.
Já no mercado de ações, os "sete magníficos", como são conhecidos os grandes nomes do setor de tecnologia, caíram: Tesla recuou 2,99%, Alphabet 2,53%, Amazon 2,51%, Meta 4,67%, Apple 3,36%, Microsoft 1,17% e Nvidia 0,15%.
A fabricante de software profissional criativo Adobe caiu 13,85%, embora tenha apresentado resultados melhores que o esperado.
* AFP