A visita à Groenlândia de autoridades dos Estados Unidos, entre elas o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, constitui uma "pressão inaceitável" sobre a Dinamarca, da qual faz parte o território autônomo cobiçado por Donald Trump, afirmou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, nesta terça-feira (25).
"Não se pode organizar uma visita privada com representantes oficiais de outro país", declarou à imprensa a chefe de Governo dinamarquesa.
"A pressão exercida sobre a Groenlândia e a Dinamarca nesta situação é inaceitável. É uma pressão à qual resistimos", acrescentou.
A Groenlândia aguarda atualmente a formação de um governo após as eleições legislativas de 11 de março. O governo em fim de mandato afirmou no Facebook que não "enviou nenhum convite para visitas privadas nem oficiais".
"O governo atual é um governo de transição à espera da formação de uma nova coalizão e pedimos a todos os países que respeitem esse processo", escreveu.
O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Mike Waltz, visitará a Groenlândia esta semana, segundo o chefe de Governo em fim de mandato do território ártico, Mute Egede, assim como o secretário da Energia americano, Chris Wright, segundo a imprensa dos EUA.
Usha Vance, esposa do vice-presidente dos Estados Unidos JD Vance, também estará no território ártico de quinta a sábado para assistir a uma corrida nacional de cães de trenó em Sisimiut, na costa noroeste, indicou a Casa Branca.
"Quando você organiza uma visita como esta e os líderes políticos da Groenlândia dizem que não a querem, não pode ser interpretado como um sinal de respeito", declarou Frederiksen.
* AFP