
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou na segunda-feira (24) que o envio de delegação oficial à Groenlândia nesta semana seja uma provocação, mas reiterou seu desejo de controlar o território autônomo dinamarquês.
As autoridades de Groenlândia e da Dinamarca criticaram a visita anunciada pela Casa Branca para a próxima quinta-feira (25). A delegação inclui a esposa do vice-presidente JD Vance, Usha Vance, e o assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, Mike Waltz.
— Isto é gentileza, não provocação — disse Trump aos jornalistas na segunda-feira, ao final de uma reunião de gabinete.
O presidente republicano insistiu que a visita foi a convite da Groenlândia.
— Fomos convidados, e realmente esta ideia os agrada, porque estão abandonados de certa forma. E acredito que a Groenlândia será algo que talvez esteja em nosso futuro. Acho que é importante. É importante do ponto de vista da segurança internacional — disse Trump.
Coberta em 80% de gelo e com 57 mil habitantes, a Groenlândia possui reservas de hidrocarbonetos e minerais importantes para a transição energética.
Trump não descartou o uso da força para assumir o controle da maior ilha do mundo, um local estratégico para a segurança americana diante de Rússia e China.
Essas visitas acontecem em um momento delicado para a Groenlândia, que está em negociações para formar uma coalizão de governo.
"Nossa integridade e nossa democracia devem ser respeitadas sem nenhuma ingerência estrangeira", escreveu nesta segunda no Facebook o primeiro-ministro demissionário, Múte Egede.
A Casa Branca disse em uma nota que Usha Vance esperava "aprender sobre a cultura groenlandesa" e assistiria a uma corrida de trenós puxados por cães.