O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quarta-feira, 19, os rebeldes houthis do Iêmen, afirmando que eles serão "completamente aniquilados", enquanto ataques aéreos americanos atingiam posições sob seu controle. A ofensiva também aumentou a pressão sobre o principal aliado do grupo, o Irã.
Segundo a emissora Al-Masirah, controlada pelos houthis, os bombardeios atingiram a capital rebelde Sanaa e a cidade de Saada, no noroeste do país, na noite de quarta. A emissora exibiu imagens de bombeiros combatendo um incêndio em Sanaa e danos em uma fazenda de ovelhas em al-Jawf.
O canal também relatou ataques na noite de terça-feira, 18, embora o Exército dos EUA não tenha detalhado as áreas atingidas desde o início da campanha aérea. As primeiras ofensivas, no fim de semana, deixaram pelo menos 53 mortos, incluindo crianças, e feriram outros civis.
Enquanto os ataques ocorriam, Trump escreveu em sua rede Truth Social que "um dano tremendo foi infligido aos bárbaros houthis". "Vejam como isso vai piorar progressivamente - não é nem uma luta justa, e nunca será", acrescentou. "Eles serão completamente aniquilados!"
Paralelamente, Trump voltou a advertir o Irã para que pare de armar os houthis, alegando, sem apresentar provas, que Teerã "reduziu a intensidade do fornecimento de equipamentos militares e apoio geral aos houthis". "O Irã deve parar imediatamente de enviar esses suprimentos", escreveu.
O Irã há anos fornece armas aos houthis, grupo ligado à minoria xiita zaidita, que governou o Iêmen por mil anos até 1962. Teerã nega rotineiramente armar os rebeldes, apesar de evidências físicas, apreensões de carregamentos e análises de especialistas que vinculam as armas ao país. A negativa iraniana visa evitar sanções por violar o embargo de armas da ONU contra os houthis.
A agência estatal iraniana IRNA citou o embaixador do Irã na ONU, Amir Saeed Iravani, que classificou as acusações de Trump como "infundadas". Fonte: Associated Press.