
Groenlândia e Dinamarca responderam, nesta quarta-feira (5), o discurso do presidente Donald Trump, que reiterou na terça-feira (4) o interesse pela estratégica ilha do Ártico, da qual disse que será "de uma forma ou de outra" de propriedade dos Estados Unidos.
— Não queremos ser americanos, nem dinamarqueses, somos groenlandeses. Os americanos e seu presidente devem entender isso — respondeu o primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede.
Em uma rede social, Egede escreveu que o país "Não está à venda" e que americanos não podem "simplesmente" tomar a Groelândia.
Trump expressou em várias ocasiões o desejo de que a Groenlândia – uma ilha do Ártico de grande importância estratégica e que analistas acreditam que contém grandes reservas inexploradas de minerais e petróleo – passe a integrar os Estados Unidos.
Na terça-feira, em um discurso no Congresso americano, o republicano reiterou que deseja que a Groenlândia seja "de uma forma ou de outra" propriedade dos Estados Unidos.
— Acredito que vamos conseguir. De uma forma ou de outra, vamos conseguir — declarou.
Em resposta, o ministro da Defesa da Dinamarca, Trouls Lund Poulsen, disse à imprensa estatal que isso não acontecerá e que "a direção que a Groenlândia desejar tomar será decidida pelos groenlandeses".
A Groenlândia pertence à Coroa da Dinamarca, mas possui um governo autônomo com amplas competências.
Em seu discurso, Trump disse ainda que os Estados Unidos precisam da Groenlândia "para a segurança mundial internacional".
— Vamos mantê-los seguros, vamos torná-los ricos e, juntos, levaremos a Groenlândia a níveis que nunca imaginaram possíveis — prometeu Trump.