
Israel anunciou que durante a ofensiva realizada desde a noite desta segunda-feira (18), o chefe de governo do Hamas foi morto. Em um comunicado oficial divulgado pelas Forças de Defesa israelenses nesta terça-feira, o Exército identificou o líder como Essam al-Da'alis, confirmando informação já divulgada pelo grupo terrorista. A informação é do g1.
De acordo com Israel, ele era responsável pelo funcionamento do regime terrorista do Hamas em Gaza e supervisionava a integração de todos os ramos do grupo na região para fins terroristas.
"Ao longo do último dia, a IDF atacou dezenas de alvos terroristas e terroristas em toda a Faixa de Gaza, incluindo membros de nível intermediário e alto do Escritório Político do Hamas. Os ataques foram conduzidos para enfraquecer as capacidades governamentais e militares do Hamas e remover ameaças ao Estado de Israel e seus cidadãos", afirma o comunicado.
Ainda de acordo com o texto, mais três membros do Hamas têm "alta probabilidade" de também estarem mortos. São eles:
- vice-ministro do Interior, Mahmoud Marzouk Ahmed Abu-Watfa
- diretor-geral dos serviços de segurança interna, Bahajat Hassan Mohammed Abu-Sultan
- ministro da Justiça, Ahmed Amar Abdullah Alhata.
A morte de Watfa e Sultan também foi confirmada pelo Hamas, mas não por Israel.
A ofensiva de Israel
Os ataques israelenses em Gaza desta terça-feira foram os mais pesados desde que o cessar-fogo com o grupo entrou em vigor em 19 de janeiro. São pelo menos 413 mortos, incluindo crianças, e 660 feridos, informou a Defesa Civil do território palestino.
Israel declarou que bombardeou apenas alvos do Hamas e lideranças do grupo terrorista, mas o governo local do grupo terrorista afirmou que o ataque deixou civis mortos.
"Até agora, 413 mártires chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza", disse um comunicado do Ministério da Saúde do Hamas.
O que diz Israel
Os ataques ordenados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu ministro da Defesa, Israel Katz, se devem à recusa do Hamas em libertar os israelenses mantidos em cativeiro e à rejeição das propostas dos EUA de negociar a continuação do cessar-fogo.
Após retomar bombardeios, as Forças Armadas de Israel disseram que a ofensiva continuará de forma permanente.
Em comunicado nesta manhã, as forças israelenses afirmaram que "continuavam a atacar alvos pertencentes ao Hamas e à Jihad Islâmica (outro grupo extremista que atua na Faixa de Gaza)".
O documento não informa em que locais da Faixa de Gaza ocorreram os bombardeios desta terça, mas afirma que os alvos atingidos "nas últimas horas" incluíam células militantes, estoques de armas e infraestruturas militares usadas pelo Hamas "para planejar e executar ataques contra civis israelenses e soldados das IDF".
Tanques israelenses também foram vistos posicionados na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, indicando que, além dos ataques aéreos, as incursões por terra no território palestino também podem ser retomadas.
Antes de lançar esta onda de ataques em Gaza, Israel consultou o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, informou a Casa Branca na noite de segunda-feira.
O que diz o Hamas
O Hamas acusou Israel de "torpedear o acordo de cessar-fogo", que havia interrompido em grande parte a guerra que eclodiu em 7 de outubro de 2023, com os ataques do movimento palestino ao território israelense.
O Hamas está "trabalhando com mediadores internacionais" para "deter a agressão de Israel", disse um líder após uma noite de intenso bombardeio militar israelense na Faixa de Gaza.
O Hamas "aceitou o acordo de cessar-fogo e o implementou integralmente, mas a ocupação israelense renegou seus compromissos (...) ao retomar a agressão e a guerra", disse a autoridade.