O estado de saúde do papa Francisco, hospitalizado há 22 dias, manteve-se estável nesta sexta-feira (7), embora seu quadro clínico siga sendo "complexo", informou a assessoria de imprensa do Vaticano.
"O estado clínico geral segue sendo o mesmo nos últimos dias: um estado clínico complexo, dentro do qual o papa se encontra estável, mas o prognóstico segue sendo reservado", resumiu.
O líder espiritual de 1,4 bilhão de católicos no mundo foi internado em 14 de fevereiro no hospital Gemelli de Roma com bronquite, que evoluiu para uma dupla pneumonia. Desde então, sua saúde tem altos e baixos.
A última recaída ocorreu na segunda-feira, quando sofreu "dois episódios de insuficiência respiratória aguda", mas, desde então, o Vaticano informou que o estado do jesuíta argentino de 88 anos permaneceu "estável".
Na noite de quinta-feira, a Santa Sé divulgou até uma breve mensagem de áudio em que Francisco, com voz cansada e respiração ofegante, agradece em espanhol aos fiéis por suas orações.
Uma amostra da "estabilidade" dos últimos dias é que o Vaticano não divulgou o relatório médico diário detalhado sobre o estado de saúde do papa, limitando-se a fornecer uma informação mais breve da assessoria de imprensa.
O primeiro pontífice latino-americano alternou nesta sexta-feira o descanso e a fisioterapia respiratória com as orações e "um pouco de trabalho", afirmou essa fonte. "Pela manhã, ele passou 20 minutos na capela", acrescentou.
À noite, uma máscara de oxigênio o ajuda a respirar, que durante o dia é trocada por cânulas nasais de alto fluxo.
"Os médicos darão mais informações sobre a saúde do papa amanhã", sábado, acrescentou.
Esta internação, a quarta e a mais longa desde 2021, gera preocupação pelos problemas anteriores que enfraqueceram sua saúde nos últimos anos: cirurgias no cólon e no abdômen, e dificuldades para caminhar.
A situação também reabriu questões sobre sua capacidade de desempenhar suas funções, especialmente porque o direito canônico não prevê nenhuma disposição em caso de um problema grave que possa afetar sua lucidez.
Francisco, que nos últimos tempos descartou a ideia de renunciar ao cargo, como fez seu antecessor Bento XVI em 2013, não aparece em público desde 14 de fevereiro, nem foram divulgadas imagens suas.
* AFP