O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (6) um decreto que prevê sanções contra o Tribunal Penal Internacional (TPI), afirmou um alto funcionário americano, sem dar detalhes.
Segundo a imprensa americana, as medidas atingem finanças pessoais e os vistos de pessoas ligadas aos processos lançados pelo TPI.
Este tribunal emitiu, em novembro, uma ordem de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recebido na terça-feira (4) por Trump na Casa Branca.
A corte com sede em Haia também pediu as prisões do ex-ministro da Defesa de Israel e de um líder do grupo islamista palestino Hamas.
Segundo seus juízes, há "motivos razoáveis" para suspeitar que os três cometeram crimes de guerra e crimes contra a humanidade no ataque do Hamas em 7 de outubro e na subsequente guerra israelense em Gaza.
Netanyahu classificou a decisão como antissemita e o então presidente americano, o democrata Joe Biden, considerou "escandalosos" os mandados contra os israelenses.
O TPI também emitiu uma ordem de detenção contra o presidente russo, Vladimir Putin. Moscou reagiu emitindo seus próprios pedidos de prisão contra altos funcionários do tribunal.
Estados Unidos, Israel e Rússia não são membros do TPI, uma jurisdição permanente responsável por processar e julgar indivíduos acusados de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
Foi fundado em 2002 e conta com 124 Estados-membros. Desde a sua criação, só proferiu um punhado de condenações.