O Exército russo anunciou neste sábado (1) que tomou uma localidade ucraniana próxima da cidade de Toretsk, na região de Donetsk, leste da Ucrânia, onde os ataques noturnos russos deixaram pelo menos oito mortos.
Em um comunicado, o Ministério da Defesa da Rússia afirma que unidades "do Grupo Centro" conquistaram a localidade de Krimskeh, ao nordeste de Toretsk.
As tropas de Kiev enfrentam grandes dificuldades em Donetsk, onde o Exército russo avança de maneira constante, pouco a pouco, apesar das consideráveis perdas humanas e materiais.
Na terça-feira, o grupo de forças ucranianas Khortitsia, que luta na região, relatou que as áreas urbanas de Toretsk e Chasiv Yar eram cenário de "combates intensos".
O grupo de analistas militares ucranianos DeepState informou que as tropas russas estão presentes no centro das duas cidades, alvos de disputa há meses.
A Ucrânia também foi alvo de bombardeios durante a noite.
Em uma mensagem no Telegram, os serviços de emergência ucranianos anunciaram que um "ataque com mísseis contra um edifício residencial" na cidade de Poltava, centro do país, deixou pelo menos quatro mortos e 13 feridos, incluindo três crianças.
Em Kharkiv, grande cidade do nordeste do país, a queda sobre uma área residencial de um drone russo interceptado pela defesa antiaérea matou uma mulher e deixou quatro feridos, informou o governador da região, Oleg Synegubov.
Três policiais morreram em um bombardeio russo na localidade de Yunakivska, perto da fronteira, na região de Sumy, nordeste da Ucrânia, anunciou o comando militar regional.
Após quase quatro anos de invasão russa, as forças de Moscou prosseguem com o avanço no leste da Ucrânia e as tropas de Kiev não conseguem impedir.
"Durante a noite, a Rússia atacou nossas cidades com diversos tipos de armas: mísseis, drones, bombas", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, no Telegram.
"Os ataques terroristas mostram que precisamos de mais ajuda para nos defender do terror russo", acrescentou, antes de fazer um novo apelo aos aliados de Kiev para que enviem mais armas.
* AFP