Os Estados Unidos estão prontos para receber "agricultores sul-africanos perseguidos", disse uma porta-voz do Departamento de Estado neste sábado (8), depois que Washington congelou a ajuda ao país africano em retaliação a uma lei de desapropriação de terras que o presidente Donald Trump considera discriminatória em relação aos agricultores brancos.
"Agricultores sul-africanos perseguidos e outras vítimas inocentes que são alvos apenas por causa de sua raça e que optam por se reassentar nos Estados Unidos são bem-vindos", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, em sua conta no X.
A declaração vem depois que Trump assinou uma ordem executiva na sexta-feira para congelar a ajuda humanitária dos EUA à África do Sul.
Em sua decisão, o líder republicano disse que a lei "permitiria que o governo sul-africano confiscasse propriedades agrícolas de minorias étnicas afrikaners sem compensação".
Joanesburgo rejeita essa interpretação, chamando-a de estratégia de "desinformação".
"Estamos preocupados com o que parece ser uma campanha de desinformação e propaganda", disse o governo sul-africano neste sábado sobre a ordem de Trump, enfatizando que "a suposição subjacente desse decreto é factualmente imprecisa e não reconhece a história profunda e dolorosa do colonialismo e do apartheid da África do Sul".
* AFP