O chefe de governo alemão, Olaf Scholz, se opôs nesta quinta-feira (9) ao apelo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para que os membros da Otan aumentem seus gastos com defesa para 5% do PIB.
"É muito dinheiro", disse Scholz ao portal de notícias Focus Online, acrescentando que "na Otan temos um procedimento muito claro" para a tomada de decisões. Atualmente, os membros da aliança devem gastar dois por cento do PIB em defesa.
O líder de centro-esquerda disse que, para seu país, 5% do PIB seria equivalente a cerca de 200 bilhões de euros (1,2 trilhão de reais) por ano, de um orçamento federal anual de cerca de 490 bilhões de euros (3 trilhões de reais) .
Atender à demanda de Trump forçaria a Alemanha a economizar ou tomar emprestado 150 bilhões de euros (947 bilhões de reais) adicionais por ano, de acordo com Scholz.
"E é por isso que eu acho que é melhor se concentrar no caminho que a Otan concordou há muito tempo", disse ele.
Ainda assim, ele admitiu que "a Alemanha deve fazer mais pela segurança" e afirmou que Berlim já havia quase dobrado seus gastos anuais com defesa, quase 80 bilhões de euros (505 bilhões de reais), nos últimos anos.
Depois que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022, Scholz também anunciou um adicional de 100 bilhões de euros (631 bilhões de reais) em gastos para melhorar o equipamento das Forças Armadas da Alemanha.
* AFP