O dono do X, Space X e Tesla respondeu as acusações sobre um suposto gesto nazista feito por ele após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Respondendo um tweet em que um internauta escreve "A farsa da saudação é apenas mais uma parte da “campanha de truques sujos” (traduzido para português), Musk diz que seus detratores terão que usar "truques sujos melhores".
O bilionário completou dizendo que "O ataque 'todo mundo é Hitler'" é "cansativo".
Entenda o caso
Durante seu discurso na Capital One Arena, em Washington, para os apoiadores do recém-empossado presidente dos EUA, agradeceu à multidão batendo no peito com a mão direita, que depois estendeu abertamente na direção da plateia. Em seguida, ele se virou e repetiu o gesto, dirigindo-se às pessoas sentadas atrás dele.
Após isso, profissionais como Claire Aubin, historiadora especializada em nazismo nos EUA, disse que o gesto de Musk, futuro ministro de Trump, foi um "sieg heil", a saudação nazista.
"Minha opinião como profissional é que você está certo, você tem que acreditar no que está vendo", escreveu Aubin no X, concordando com aqueles que consideram que o gesto do magnata foi uma saudação nazista.
Ruth Ben-Ghiat, historiadora do fascismo, também achou que se tratava de "uma saudação nazista, e muito agressiva", conforme escreveu na rede X.
Um participante do comício disse que achava que Musk estava brincando.
— Ele tem muito humor e recorre muito ao sarcasmo. Quando ele fez isso no palco, não acho que estivesse falando sério — disse Brandon Galambos, 29 anos.
A Anti-Defamation League (ADL), uma organização criada para combater o antissemitismo, que criticou Musk no passado, o defendeu desta vez.
"O que parece é que Elon Musk fez um gesto estranho em um momento de entusiasmo, mas não uma saudação nazista", escreveu a organização em uma declaração publicada no X.
Comentário ao qual a congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez reagiu, também escrevendo no X: "Para ser claro, você está defendendo uma saudação Heil Hitler que foi realizada e repetida para dar ênfase".
Outro historiador, Aaron Astor, rejeitou da mesma forma que o gesto de Musk fosse o dos nacional-socialistas.
"Muitas vezes critiquei Elon Musk por deixar os neonazistas poluírem sua plataforma", escreveu ele no X. "Mas esse gesto não é uma saudação nazista."