Uma autoridade palestina afirmou, nesta quarta-feira (8), que três pessoas, incluindo duas crianças, morreram em um ataque aéreo israelense no norte da Cisjordânia ocupada, onde o Exército israelense disse estar realizando uma operação "antiterrorista".
Ahmad Asad, governador da região de Tubas, disse à AFP que três membros da mesma família, de 8, 10 e 23 anos, morreram em frente à sua casa na cidade de Tammun, e que o Exército tinha levado os seus corpos.
O Exército "informou-nos oficialmente, por meio do mecanismo de coordenação, que tinha os corpos", disse Asad, identificando os falecidos como Adam, Hamza e Reda Bisharat.
Este foi o segundo ataque aéreo israelense em Tammun em dois dias. O Exército israelense anunciou na terça-feira que sua aviação havia "atacado uma célula terrorista" na área, depois que projéteis foram disparados contra seus soldados.
A área é considerada um reduto de grupos armados palestinos, incluindo a Jihad Islâmica.
Os ataques militares israelenses a cidades no norte da Cisjordânia são frequentes. O Exército justifica-os na sua luta contra grupos armados que preparam ataques contra Israel.
O Ministério das Relações Exteriores palestino disse em comunicado nesta quarta-feira que isso é um "pretexto".
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou nesta quarta-feira que pediu ao Exército que "intensifique a atividade militar" na Cisjordânia para garantir "a segurança das colônias e dos colonos".
A violência na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, aumentou significativamente desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense em 7 de outubro de 2023.
Segundo dados da Autoridade Palestina, pelo menos 825 palestinos morreram na Cisjordânia ocupada por soldados ou colonos israelenses.
Ao mesmo tempo, segundo dados oficiais de Israel, pelo menos 28 israelenses, incluindo civis e soldados, morreram em ataques palestinos ou em incursões militares israelenses.
* AFP
