Autoridades dos Estados Unidos acusaram formalmente nesta terça-feira (17), Luigi Mangione, 26 anos, suspeito de atirar contra o CEO de uma provedora de planos de saúde em Nova York no início deste mês.
A acusação foi de assassinato em segundo grau "como ato de terrorismo". A morte do executivo Brian Thompson em 4 de dezembro "tinha como objetivo semear o terror", disse Alvin Bragg, promotor distrital de Manhattan.
Se for considerado culpado, Mangione enfrentará uma pena máxima de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, afirmou o promotor.
Bragg disse que espera que o suspeito, que segue detido na Pensilvânia após sua prisão na semana passada, seja transferido em breve para Nova York para ser julgado.
Está previsto que Mangione compareça novamente na quinta-feira (19) a um tribunal local para uma audiência que poderia acelerar essa transferência.
Os investigadores tentam determinar o que motivou o engenheiro, proveniente de uma família rica, a assassinar a tiros, em plena luz do dia, o CEO da UnitedHealthCare, do lado de fora de um hotel em Manhattan
A polícia disse ter encontrado com o suspeito um manifesto de três páginas, escrito à mão, com críticas ao sistema de saúde dos Estados Unidos.
A morte do executivo causou choque e também gerou comentários raivosos nas redes sociais contra as empresas de seguros médicos, refletindo a insatisfação existente entre a população com o sistema de saúde do país, que é acusado de lucrar à custa dos pacientes.