As forças de segurança sírias prenderam, nesta quinta-feira (26), um alto dirigente do regime deposto em Tartus, no oeste do país, durante uma operação marcada por confrontos mortais, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
O general Mohamed Kanjo Hassan, chefe da justiça militar sob Bashar al Assad e "responsável por numerosas condenações à morte" na prisão de Saydnaya, perto de Damasco, foi preso na localidade de Khirbet al Ma'zah junto com 20 membros de sua guarda pessoal, segundo o OSDH.
Mohamed Kanjo Hassan assinou a condenação à morte de "milhares de pessoas em julgamentos sumários", informou à AFP Diab Seria, cofundador da Associação de Detidos e Desaparecidos da prisão de Saydnaya.
Sua associação estimou em cerca de 150 milhões de dólares (R$ 924,75 milhões) a fortuna acumulada às custas das famílias dos detidos, que pagavam por informações sobre seus entes queridos, as quais nunca eram fornecidas.
A prisão de Mohamed Kanjo Hassan, "um dos criminosos do regime de Assad, representa um passo importante rumo à obtenção de justiça e à persecução dos criminosos", celebrou no X (antigo Twitter) a coalizão síria de oposição, que reúne as principais formações políticas no exílio.
* AFP