A grande figura política do Irã que promete a vingança pela morte do líder do Hezbollah e que deu aval para que a eleição de Masoud Pezeshkian fosse de fato aceita é o aiatolá Ali Khamenei. Ele é o líder supremo no país do Oriente Médio desde 1989, e quem de fato tem o maior poder sob a nação iraniana.
Após a morte de Hassan Nasrallah, que comandava o Hezbollah desde o século passado e foi morto por Israel na sexta-feira (27), Khamenei prometeu vingança e apoio ao povo libanês. Nesta terça-feira (1º), o Irã lançou mísseis contra o território israelense.
Ex-presidente e hoje em cargo vitalício
Ali Khamenei é o responsável pela nomeação do chefe do Judiciário ao chefe da televisão estatal. Também decide quem serão os comandantes de todas as Forças Armadas iranianas e define seis dos 12 membros do Conselho dos Guardiões (órgão do sistema político local que garante aceitação das leis que passam pelo parlamento).
Khamenei foi presidente do Irã entre 1981 e 1989, e assumiu o novo posto de caráter vitalício após o falecimento de Ruhollah Khomeini, primeiro aiatolá do país.
Aos 85 anos, é a autoridade de um país do Oriente Médio que está a mais tempo sob um cargo máximo.
Aprovação do atual presidente
A presidência do Irã é de Pezeshkian, um político eleito com a promessa de melhorar a relação do país com o Ocidente. Além disso, foi o escolhido dos cidadãos por levantar bandeiras de flexibilização em algumas leis tidas como ultrapassadas, mas ainda em vigor em muitos países do Oriente Médio.
Mesmo assim, Pezeshkian não pretende fazer mudanças radicais, afinal, quem manda é o aiatolá, que tem um viés teocrata e, visando melhorar as relações com os outros países, aprovou a eleição do chefe de Estado atual.