O Panamá deportou, nesta sexta-feira (17), em um voo charter, 30 cidadãos colombianos com antecedentes criminais que entraram no país pela inóspita floresta do Darién como milhares de outros migrantes que vão para os Estados Unidos, informou o Serviço Nacional de Migração.
Os 30 colombianos, entre eles duas mulheres, foram levados algemados durante a madrugada em um ônibus até o aeroporto de Albrook na capital panamenha, onde entraram na aeronave, observaram jornalistas da AFP.
Antes de embarcar no Fokker 50, o grupo foi alinhado na lateral da pista e um cão policial farejou suas pequenas bolsas em busca de drogas. A aeronave decolou pouco depois do amanhecer com os deportados e vários policiais.
"O Serviço Nacional de Migração continua com suas gestões de deportação e de expulsão daquelas pessoas com antecedentes criminais que entram pelo Parque Nacional Darién", disse a jornalistas a diretora de Migração, Samira Gozaine, que foi ao aeroporto supervisionar a deportação.
"São 30 pessoas, nada mais", um número menor frente aos 1.200 migrantes que estão entrando no Panamá todos os dias por Darién, acrescentou Gozaine.
Esta floresta localizada na fronteira entre a Colômbia e o Panamá, de 266 km de extensão e 575.000 hectares, se tornou, nos últimos anos, um corredor para milhares de migrantes que saem da América do Sul para tentar chegar aos Estados Unidos.
Em 2023, mais de 520.000 pessoas cruzaram a selva, mesmo enfrentando perigos como animais selvagens, rios caudalosos e grupos criminosos que assaltam, estupram e matam migrantes.
O presidente eleito do Panamá, José Raúl Mulino, que deve assumir em 1º de julho, prometeu "fechar" Darién e deportar os migrantes que entram no país por essa floresta, mas está descartada a construção de um muro.
* AFP