Autoridades internacionais cumprimentam Recep Tayyip Erdogan, de 69 anos, pela recondução ao cargo de presidente da República da Turquia neste domingo (28). A agência de notícias estatal do país, a Anadolu, anunciou que autoridades de Irã, Sérvia, Paquistão, Azerbaijão, Catar, Palestina, entre outros, já cumprimentaram e reconheceram o mandatário da Turquia.
O presidente da República brasileiro também já cumprimentou o vencedor, por meio de mensagem pelo Twitter (veja no final da matéria). Além de parabenizar Erdogan, Lula citou "parceria do Brasil na cooperação global pela paz".
— Gostaria de agradecer a cada membro de nossa nação que mais uma vez nos transmitiu a responsabilidade de governar a Turquia pelos próximos cinco anos — afirmou Erdogan em discurso após a vitória em Istambul.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se referiu a Erdogan como "irmão" e "amigo", comemorando sua recondução ao cargo.
Já o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, classificou a reeleição como "um sinal de confiança contínua e valiosa do povo turco", divulgou a agência Anadolu.
Apoiadores do presidente comemoram do lado de fora dos escritórios do Partido AK em Istambul. Erdogan declarou a vitória no segundo turno e, com isso, seu governo se estende para uma terceira década.
A vitória de Erdogan o estabelece como um dos grandes sobreviventes da história política recente, garantindo seu forte papel nos assuntos globais.
A vitória abre uma nova fase de seu governo: uma em que seu apelo pessoal transcendeu a popularidade de seu próprio Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), que está perdendo apoio em meio a uma grave crise econômica que provavelmente será seu maior desafio nos próximos anos.
Contra ele estava a dificuldade política mais crível ao seu governo em anos, que uniu pela primeira vez a maioria dos partidos de oposição do país.
O presidente turco já sofreu uma tentativa de golpe em 2016 antes de manobrar para uma posição de influência na Rússia, no Ocidente e além.
— Agora abrimos a porta para o século da Turquia — disse Erdogan, em cima de um ônibus e falando para uma multidão em Istambul.
O líder mais antigo do país provou o apelo duradouro de sua marca política, que mistura islamismo e nacionalismo, para milhões de seus partidários na Turquia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) desde os anos 1950.