Os promotores, médicos forenses e policiais responsáveis por investigações em Honduras inciaram, nesta segunda-feira (13), uma greve por tempo indeterminado para exigir um aumento salarial, o que levou ao reagendamento de alguns julgamentos.
A Associação de Promotores anunciou, em comunicado, que "foi determinado, junto ao pessoal de Medicina Forense, que, por tempo indefenido, não estarão realizando levantamentos (de cadáveres), perícias ou autópsias".
Um total de 90% dos 3.800 funcionários do Ministério Público, incluindo 860 promotores, somaram-se à greve, segundo o presidente da Associação, Victor Marín, que liderou um protesto em frente à sede da Direção de Medicina Forense em Tegucigalpa.
O diretor de Comunicações do Ministério Público, Yuri Mora, indicou que os grevistas "puseram uma corrente e um cadeado" nas portas dos edifícios da instituição em nível nacional, porém alguns funcionários que não aderiram à greve fizeram teletrabalho.
Marín indicou que alguns promotores ganham 600 dólares mensais. Porém, o custo da cesta básica "dobrou" desde o ano passado, por isso eles exigem um aumento de 15% nos salários. "É indigno já ser um agente de investigação que investiga casos de criminalidade organizada, narcotráfico, delitos sexuais e lavagens de ativos de estruturas criminosas, e viver com o salário mínimo", disse à AFP.
O porta-voz da Suprema Corte, Melvin Duarte, informou à AFP que alguns julgamentos foram "reagendados" devido à greve.
* AFP