Um adolescente que fez parte do grupo de 12 crianças que ficaram presas por nove dias em uma caverna da Tailândia, há quase cinco anos, morreu no Reino Unido após ter sido hospitalizado. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (14) pela escola britânica que ele frequentava.
Duangpetch Promthep, 17 anos, era conhecido na Tailândia por ser o capitão da equipe de futebol juvenil "Wild Boars", que ficou presa entre 23 de junho e 10 de julho de 2018 numa das maiores cavernas do país.
O adolescente estudava desde o ano passado na academia de futebol Brooke House College, perto de Leicester, no centro da Inglaterra. "Um sonho realizado", como ele mesmo disse em agosto no Instagram.
A escola está "devastada com a confirmação da morte de nosso aluno Duangpetch Promthep (...) ontem no hospital", disse o diretor Ian Smith em um comunicado.
Em 2018, o destino de Duangpetch Promthep, de seus 11 companheiros e do treinador da equipe chocou o mundo. Presos na caverna, eles não comeram nada e só beberam água da chuva por nove dias.
As crianças foram finalmente descobertos por mergulhadores britânicos a quatro quilômetros da entrada, presos na água que subiu repentinamente devido às chuvas de monções. A imagem do rosto sorridente de Duangpetch Promthep no momento do resgate viralizou.
A polícia britânica não especificou a causa da morte do adolescente, mas disse em um comunicado à AFP que recebeu uma ligação no início da tarde de domingo "sobre a condição de estudante". Ele "foi levado para o hospital, mas já morreu", disse a polícia, sublinhando que a morte "não está a ser tratada como suspeita".
De acordo com alguns meios de comunicação tailandeses, o menino sofreu um ferimento na cabeça.
Uma instituição de caridade da Tailândia, a Zico Foundation, que o ajudou a garantir a bolsa, expressou condolências no Facebook, assim como um dos ex-companheiros de equipe que também foi resgatado da caverna.
Na Tailândia, o presidente da associação, o jogador de futebol Kiatisuk "Zico" Senamuang, disse nesta quarta-feira que "um professor o encontrou inconsciente em seu quarto".
— Ele recebeu uma bolsa de três anos de nossa fundação. Foi nosso primeiro bolsista e sabemos que ele estava feliz lá — acrescentou.