A partir deste fim de semana, os restaurantes do McDonald's estarão reabrindo na Rússia, mas sem os famosos arcos dourados. Após a rede americana de fast-food remover suas unidades do território russo em resposta contra a invasão da Ucrânia, um magnata do petróleo siberiano comprou suas 840 unidades por um valor não revelado.
Segundo o The New York Times, como quase todos os ingredientes vêm de dentro do país, os restaurantes podem continuar servindo a mesma comida. Os funcionários vão substituir a logomarca da franquia por bandeiras da Rússia e restaurantes devem atuar com um novo nome, que ainda não foi divulgado.
Ainda segundo o jornal, após três meses e meio de guerra, ficou claro que as sanções econômicas e o volume de empresas ocidentais que deixaram a Rússia não conseguiram desmantelar completamente a economia ou desencadear uma reação popular contra o presidente Vladimir Putin.
Os analistas ouvidos afirmam que os efeitos das sanções ainda serão profundos, e as consequências apenas estão começando a se manifestar. Os padrões de vida na Rússia já estão em declínio, e a situação deve piorar à medida que os estoques de importações diminuem e mais empresas anunciam demissões.
Alguns esforços da Rússia em produzir seus próprios produtos podem ficar aquém dos padrões ocidentais. Exemplo disso é a tentativa de produção do Lada Granta, um carro russo coproduzido pela Renault antes de a montadora francesa sair do país. De acordo com relatos, faltaram diversos insumos para a produção do automóvel.
Contudo, quando se trata de comida, a Rússia está mais preparada. Quando o McDonald's abriu na União Soviética em 1990, os americanos tiveram que trazer todas as matérias primas, como as batatas e maçãs - que eram inadequadas para os lanches. Mas, quando o McDonald's desistiu das operações neste ano, suas lojas no país estavam recebendo quase todos os ingredientes de fornecedores russos.