Mais de 30 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas no oeste de Camarões em um ataque cometido neste fim de semana por um grupo étnico rival, informaram à AFP fontes locais nesta segunda-feira.
O massacre - no qual homens, mulheres e crianças foram queimados e mutilados - ocorreu no sábado e domingo na aldeia de Bakinjaw, no município de Akwaya, perto da fronteira nigeriana, informou à AFP o reverendo Fonki Samuel Forba, porta-voz da Igreja Presbiteriana de Camarões. "Mais de 30 pessoas morreram", apontou.
A tragédia ocorreu na região Sudoeste, uma das duas regiões de língua inglesa de Camarões, explicou Forba, cuja informação foi confirmada por uma fonte militar e uma ONG local.
Essa região é abalada há mais de cinco anos por um conflito entre grupos separatistas armados e as forças de segurança, embora sejam os civis que paguem o preço mais alto.
No entanto, nada parece indicar que o massacre do fim de semana esteja relacionado a essa guerra, segundo as fontes contactadas pela AFP.
"Tudo começou com um conflito por terras entre os Oliti e os Messaga Ekol de Akwaya", explicou o reverendo Forba em um comunicado.
"Em 29 de abril, os Oliti atacaram e mataram vários Messaga Ekol em suas fazendas, e depois mobilizaram e receberam apoio de homens armados a quem recorreram e lançaram ataques muito violentos, desumanos e destrutivos contra os Messaga Ekol", disse o religioso.
"Nesses ataques, queimaram casas e as pessoas que estavam dentro. Algumas vítimas também foram decapitadas", acrescentou o porta-voz da Igreja Presbiteriana.
* AFP