Mais de mil sudanesas se manifestaram nesta quinta-feira (23) contra o estupro depois que a ONU informou 13 denúncias de violência sexual nos protestos em massa pelo terceiro aniversário da "revolução", observou um jornalista da AFP.
"Os estupros não vão nos deter!", "Nós mulheres sudanesas somos mais fortes e é impossível regredir", diziam algumas das faixas erguidas, enquanto milhares de manifestantes continuam frequentemente protestando nas ruas contra o poder militar que reforçou seu controle sobre este grande país da África do leste, após o golpe de Estado de 25 de outubro.
Cerca de 150 manifestantes entregaram uma carta à representação em Cartum do escritório conjunto de direitos humanos da ONU, exigindo justiça para as manifestantes vítimas de estupro em 19 de dezembro, mas também para todas as vítimas sudanesas de estupro, alguns deles em grupo, desde o início da guerra em Darfur (oeste), em 2003.
Outras 1.500 pessoas, em sua maioria mulheres, também se manifestaram em Omdurman, um subúrbio ao noroeste de Cartum, informou a AFP.
Cinquenta organizações da sociedade civil convocaram manifestações em quinze cidades deste país, no qual a ONU informa frequentemente sobre "violência sexual", cometida principalmente pelas forças de segurança ou seus sócios paramilitares em Darfur.
* AFP