O primeiro-ministro interino da Líbia, Abdelhamid Dbeibah, presidiu nesta quinta-feira (30) um conselho de governo que marca seu retorno oficial ao cargo após pedir uma licença para se apresentar às frustradas eleições presidenciais.
A situação política é "crítica", disse Dbeibah, já que a Líbia não celebrou as eleições presidenciais previstas para 24 de dezembro.
Essas eleições seriam a primeira eleição de um chefe de Estado por sufrágio universal na Lúbia e era esperada há muito tempo como resultado do processo de paz apoiado pela ONU.
Dois dias antes das eleições, uma comissão parlamentar chegou à conclusão de que não poderiam acontecer, devido ao contexto de grandes desacordos, principalmente relacionados com a base jurídica da eleição na qual vários candidatos divididos se enfrentariam.
A Alta Comissão Eleitoral propôs então adiar o voto para 24 de janeiro. Mas o Parlamento não aprovou esta data, deixando no limbo as eleições destinadas a tirar o país de uma década de caos desde a queda do governo de Muamar Gadafi em 2011.
O governo de transição, com sede em Tripoli (oeste), se encontra agora debilitado porque seu mandato deveria terminar teoricamente em 24 de dezembro. O Parlamento, que tem sua sede em Tobruk (leste), analisa uma possível reconfiguração do governo.
"Trabalhamos para restaurar a segurança e manter a estabilidade", disse Dbeibah nesta quinta-feira, enquanto pediu aos seus ministros para "se prepararem para uma forte recuperação (econômica) em 2022".
Dbeibah foi nomeado chefe do governo interino em fevereiro.
* AFP