O enviado dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, disse nesta sexta-feira (19) que espera que a China e seu país trabalhem de forma mais estreita para lidar com a emergência climática, após o pacto para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
"Espero que mais dados e opções sejam compartilhados como parte de nosso trabalho conjunto", disse Kerry no Bloomberg New Economy Forum em Singapura.
"A China concordou em trabalhar conosco para apresentar um ambicioso - e essas são as palavras - plano de ação nacional, que a China deve apresentar para a COP27, daqui a um ano", acrescentou.
Além de reduzir as emissões de metano e dióxido de carbono, o roteiro anunciado pelos Estados Unidos e China durante a COP26 em Glasgow, na Escócia, também prevê medidas na área de combustíveis fósseis e agricultura.
Mesmo assim, o texto foi criticado por não ser muito específico.
Este mês, cerca de 100 países apoiaram uma iniciativa para reduzir as emissões de metano em pelo menos 30% nesta década, mas a China não estava entre eles.
O metano é um poderoso gás de efeito estufa. Pode ser expelido e absorvido de forma natural pela terra, mas suas emissões dispararam com a industrialização e a expansão da agricultura.
Kerry observou que a redução nas emissões de metano é "o maior e mais rápido golpe que podemos dar para lidar com esse problema".
Os Estados Unidos afirmam que planejam ser neutros em carbono até 2050, uma meta que a China planeja alcançar em 2060.
* AFP