O presidente do Banco Mundial, David Malpass, visitou o Sudão nesta quinta-feira (30) na primeira visita de um chefe deste organismo ao país em 40 anos, onde advertiu para o risco de uma "divergência política" e comemorou as "reformas corajosas" do governo.
O Sudão vive uma transição difícil desde a destituição, em abril de 2019, sob pressão das ruas, do ex-líder autocrático Omar al Bashir, que esteve no poder por 30 anos.
Agora, o país é governado por um Conselho Soberano composto por civis e militares, que deve garantir a transição a um governo civil.
"Há dois anos, o governo de transição do Sudão herdou uma economia muito abalada após décadas de conflito e isolamento", disse Malpass em um discurso em Cartum. "Mas o país empreendeu reformas corajosas", acrescentou.
"Sua visita ocorre em um momento-chave da história do Sudão", afirmou o primeiro-ministro sudanês, Abdullah Hamdok, à delegação do Banco Mundial, aos ministros sudaneses e outros funcionários.
Em junho, centenas de pessoas protestaram em várias cidades do país, exigindo a demissão do governo de Hamdok.
O descontentamento popular foi exacerbado pelas reformas introduzidas a pedido do Fundo Monetário Internacional (FMI), que provocaram um aumento da inflação.
* AFP