Centenas de militantes defensores dos direitos humanos fizeram fila nesta quarta-feira (15) em frente ao Palácio do Povo em Conakri, capital da Guiné, para se reunir com os dirigentes dos militares golpistas, comprovaram jornalistas da AFP.
Alguns deles, entre os quais havia militantes feministas e anticorrupção, puderam falar com o líder dos golpistas, tenente-coronel Mamady Dumbuya.
As opiniões destes militantes foram muito diversas após a reunião com as novas autoridades militares, que depuseram no começo do mês do presidente Alpha Condé.
"Foi muito bem (...) Tive a impressão de que quis escutar todos os atores da nação antes de anunciar o planejamento que falta para dirigir o país", explicou Mariama Satina Diallo Sy, porta-voz da Coalizão de mulheres da sociedade.
Ao contrário, outros militantes mostraram-se decepcionados ao não poder participar de consultas no Palácio do Povo.
A junta militar iniciou na terça-feira quatro dias de consultas para formar um governo e definir o conteúdo de uma transição que devolva o país a um poder civil.
Liderados por Dumbuya, os golpistas capturaram em 5 de setembro Condé e dissolveram as instituições.
* AFP