A junta que assumiu o poder no Chade, desde a morte do presidente Idriss Déby Itno, nomeou um governo de transição neste domingo (2), anunciou pela televisão pública o porta-voz do Exército, general Azem Beramndoa Agouna.
Mahamat Idriss Déby, filho do falecido presidente, liderou um Conselho Militar de Transição (CMT) e nomeou 40 ministros e secretários de Estado por decreto.
O primeiro-ministro de transição Albert Pahimi Padacké, que foi o último a ocupar o cargo antes de Idriss Déby suprimi-lo em 2018, foi nomeado na segunda-feira e prometeu um "governo de reconciliação nacional".
Entre as personalidades nomeadas no domingo, está o ex-chefe rebelde Acheick Ibn Oumar, que em 2019 se tornou conselheiro diplomático da Presidência, e que a partir de agora chefiará o novo Ministério de Reconciliação Nacional e Diálogo.
O principal adversário, Saleh Kebzabo, afirmou neste domingo que "reconhece" a autoridade da junta.
"Reconhecemos o Conselho Militar de Transição, senão não estaremos no governo", disse o opositor à AFP. Dois dos membros do seu partido fazem parte do novo Executivo - no Ministério da Pecuária e na Vice-secretaria de Governo.
Outro opositor histórico, Mahamat Ahmat Alhabo, foi nomeado Ministro da Justiça.
No geral, o Executivo é formado por vários ex-ministros do último gabinete de Idriss Déby.
O CMT prometeu organizar "eleições livres e democráticas" dentro de 18 meses.
Os principais partidos da oposição, sindicatos e sociedade civil criticaram a tomada do poder pelo filho de Idriss Déby Itno e descreveram a manobra como um "golpe de Estado institucional".
* AFP