O presidente argelino, Abdemadjid Tebboune, reorganizou seu governo neste domingo*(21), sem grandes mudanças, e dissolveu o Parlamento, abrindo caminho para novas eleições este ano, na véspera do segundo aniversário do movimento de protesto popular de Hirak.
De acordo com lista publicada pela Presidência, o primeiro-ministro Abdelaziz Djerad, apesar de criticado, continua no cargo.
O ministro da Justiça, Belkacem Zeghmati, símbolo da repressão judicial contra a oposição e os militantes do movimento de protesto, mantém sua pasta, assim como o ministro da Comunicação e porta-voz do governo, Ammar Belhimer, que controla a mídia.
Tebboune já havia dissolvido o Congresso Nacional do Povo (APN), a câmara baixa do Parlamento, abrindo caminho para eleições legislativas antecipadas em seis meses.
Tebboune também decretou uma graça presidencial na quinta-feira para cerca de 60 prisioneiros de consciência, um gesto de apaziguamento dirigido ao movimento de protesto popular de Hirak. Desde então, quase 40 presos foram libertados.
O movimento de protesto, suspenso desde março devido à crise de saúde, continua exigindo o desmantelamento do sistema político estabelecido desde a independência em 1962.
* AFP