O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou na quarta-feira (19) uma "emergência energética" na estatal petrolífera PDVSA. A ação ocorreu após sanções dos Estados Unidos a uma subsidiária da empresa russa Rosneft por comercializar petróleo venezuelano.
Maduro anunciou a criação de uma comissão de "natureza plenipotenciária" para a "defesa" e "reestruturação" da indústria do petróleo — praticamente a única fonte de renda da economia venezuelana. Essa comissão tem entre seus membros o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, chefe das Forças Armadas, que são o principal apoio do presidente.
— Estou colocando todo o poder do Estado, do governo e da nação para entrar na PDVSA com tudo — disse o líder em discurso transmitido por rádio e televisão.
No momento, Maduro não anunciou medidas concretas a serem tomadas pela comissão, chefiada pelo vice-presidente da área econômica, Tareck El Aissami, e composta por vários ministros.
Os decretos foram aprovados um dia depois que os Estados Unidos sancionaram uma subsidiária da estatal russa Rosneft, acusando-a de burlar as sanções contra a Venezuela que impedem suas exportações de petróleo.
Washington emitiu uma série de sanções contra Maduro para forçá-lo a deixar o poder, apoiando o líder da oposição Juan Guaidó — reconhecido como presidente interino por 50 países — em sua ofensiva contra o dirigente chavista.