A força aérea chilena descartou nesta quinta-feira (12) a possibilidade de haver sobreviventes da queda de avião que voava em direção a Antártica.
— A condição dos restos do avião encontrados torna praticamente impossível a existência de sobreviventes deste acidente aéreo — disse o chefe do Estado-Maior da força aérea do Chile, Arturo Merino Núñez.
O avião militar chileno Hercules C-130 desapareceu na noite de segunda-feira (9), após sair de Punta Arenas, no sul do país, em direção à Base Eduardo Frei Montalva, na Antártica. Núñez relatou ainda que partes de corpos humanos foram encontradas no local da queda do avião:
— É uma dor que choca todo o país. Queremos dar nossas mais profundas condolências. O país merece saber o que aconteceu.
O ministro da Defesa, Alberto Espina, disse que "é praticamente impossível" que haja sobreviventes:
— Dissemos, assim que aconteceu (o desaparecimento da aeronave), que faríamos todos os esforços humanos e materiais para localizar o avião. Quarenta e oito horas depois encontramos o avião e posso salientar que, para isso, mobilizamos 23 meios aéreos, 14 navais e oito agências internacionais com capacidade de satélite. Isso nos permitiu localizar o avião.
O voo, com 38 pessoas a bordo, saiu de Punta Arenas às 16h55min da última segunda-feira, tendo feito seu último informe às 17h44min e seu último registro de localização às 18h13min. Após ter se esgotado o tempo de autonomia da aeronave, ela foi considerada desaparecida pelas autoridades chilenas.
O avião transportava 17 tripulantes e 21 passageiros, em missão de apoio logístico à base na Antártica. A região onde o avião desapareceu está localizada em Mar de Drake, e é uma extensão de mar de cerca de 800 quilômetros, que conecta o Oceano Atlântico ao Pacífico, entre a América do Sul e a Antártica. Tem uma profundidade média de 3,4 mil metros. É considerado um dos lugares mais tempestuosos do planeta, com ventos que superam os 70 km/h e ondas de mais de oito metros de altura.