
O governo espanhol anunciou nesta quinta-feira (2) que não entregará para as autoridades venezuelanas o opositor Leopoldo López, refugiado na residência do embaixador espanhol, em Caracas. Nesta quinta, a Justiça determinou a prisão de López.
Em comunicado, o governo da Espanha afirma que "nenhum caso contempla a entrega de Leopoldo López às autoridades venezuelanas, nem sua saída da Residência do Embaixador". O Executivo diz ainda que deseja "encontrar uma solução o mais rápido possível".
López foi liberado da prisão domiciliar por militares rebeldes na terça-feira (30). Ele cumpria pena desde 2014 por "incitação à violência" nos protestos que convocou naquele ano contra Maduro, que deixaram 43 mortos. Após as manifestações, ele foi com a esposa e um dos seus filhos para a embaixada da Espanha, em Caracas. Antes disso, a família já havia buscado refúgio na embaixada do Chile.
Na residência do embaixador, López assegurou, nesta quinta-feira (2), que o fracassado motim militar da última terça é parte de um processo para pôr fim ao governo do presidente Nicolás Maduro:
—É parte de um processo, é uma fissura que se tornará uma fissura maior (...) que vai acabar rompendo a barragem— disse López.