O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, concedeu entrevista à emissora brasileira GloboNews, na noite desta quarta-feira (8). Entre os assuntos abordados, a disputa pela adesão dos militares venezuelanos ganhou destaque.
Guaidó, que chegou a convocar a população às ruas dizendo que havia conseguido o apoio das Forças Armadas, admitiu que os militares que estiveram com ele "não foram o suficiente". Porém, ainda acredita ter havido mudança em relação à lealdade ao regime de Nicolás Maduro.
— Alguns (militares) ganhavam US$ 10 por mês. Passado 30 de abril, não somente militares, mas também o povo da Venezuela, 91% da população, apoia a mudança. Os militares estão descontentes — disse o líder opositor.
Sobre a chamada "Operação Liberdade", Guaidó afirmou estar demonstrando de forma clara que as Forças Armadas estão com o povo para "sair dessa tragédia e alcançar a mudança". Ele também afirmou que, nessa "transição para a democracia", tem conversado com militares e que eles estão "comprometidos com esse processo".
Guaidó também manteve a posição de convocar novas eleições caso Maduro deixe o governo.
— Seremos um governo de transição para ter uma eleição livre — disse.