Os eslovacos votavam neste sábado no primeiro turno das eleições presidenciais que poderão levar ao poder uma advogada ambientalista liberal, um ano após o assassinato de um jornalista que desencadeou enormes manifestações no país.
Zuzana Caputova, 45, participou das manifestações que denunciavam o assassinato do jornalista Jan Kuciak no ano passado, um crime que causou uma crise política neste país de 5,4 milhões de habitantes, membro da União Européia e da OTAN.
As pesquisas colocam a vice-presidente do partido Eslováquia Progressista, sem representação no Parlamento, à frente de Maros Sefcovic, 52 anos, vice-presidente da Comissão Europeia, apoiado pelo partido Smer-SD no poder.
Com o apoio do atual presidente Andrej Kiska, Caputova defende o "combate ao mal" e a restauração da confiança no Estado.
Outros 11 candidatos estão em disputa nestas eleições, mas nenhum aparece com a chance de vencer no primeiro turno.
O segundo turno será realizada em 30 de março.
Na quinta-feira, dois dias antes das eleições, o Ministério Público relançou o caso Kuciak, acusando o empresário Marian Kocner, que poderia estar ligado ao Smer-SD, de supostamente ordenar o assassinato do jornalista.
Jan Kuciak e sua parceira Martina Kusnirova foram assassinados em sua casa em fevereiro de 2018.
O jornalista ia publicar um reportagem sobre supostas relações entre políticos eslovacos e a máfia italiana, e também sobre fraudes contra fundos agrícolas europeus.
Em seus artigos, ele falou, entre outros, de Marian Kocner, dona de várias empresas imobiliárias.
* AFP