As autoridades indonésias prosseguem com as operações para recuperar pedaços dos avião da Lion Air que caiu na segunda-feira (29) com 189 pessoas a bordo, enquanto aguardam que uma das caixas-pretas revele informações sobre as causas do acidente.
As equipes de busca trabalham desde segunda-feira no fundo do mar de Java, local da queda do Boeing 737 MAX 8 da companhia de baixo custo Lion Air. A aeronave estava em serviço há poucos meses.
Antes do acidente, o piloto solicitou autorização para retornar a Jacarta, de onde decolara alguns minutos antes. O avião seguia para Pangkal Pingang, localidade de trânsito para os turistas que visitam a ilha vizinha de Belitung.
Hoje vamos começar a mergulhar no local onde acreditamos que aconteceu a queda do avião — afirmou Isswarto, comandante da divisão de busca da Marinha indonésia.
— Há muitos pedaços pequenos, rodas de avião, assentos. Todos estão em pedaços— completou.
Os mergulhadores concentram as buscas em uma zona situada a entre 25 e 35 metros de profundidade, mas não encontram mais tantos pedaços de corpos como no início da semana.
— Estão espalhados por todos os lados e alguns provavelmente foram arrastados pelas correntes — disse Isswarto.
As autoridades, que descartaram a possibilidade de encontrar sobreviventes, anunciaram que já utilizaram 50 bolsas mortuárias para colocar pedaços de corpos, que devem passar por exames de DNA.
Na quinta-feira, as equipes de busca encontraram uma das duas caixas-pretas e parte do trem de pouso do avião.
A recuperação da caixa-preta pode ajudar a explicar as causas da tragédia. Especialistas em aeronáutica consideram que 90% dos acidentes aéreos são explicados por estes dispositivos que registram os parâmetros de voo e as conversas entre os pilotos.
O Boeing 737 MAX 8 é um dos aviões civis mais recentes do mundo.
Na quinta-feira (1º), aconteceu o funeral do primeiro passageiro. Mas as autoridades ainda precisam recuperar muitos corpos. Se conseguirem chegar à parte principal da cabine, os mergulhadores acreditam que podem encontrar os os cadáveres de passageiros ainda presos a seus assentos.