O furacão Michael subiu, nesta quarta-feira (10), para a categoria 4 na escala Saffir-Simpson — de um máximo de 5 — com ventos de até 210 km/h. Avançando pelo Golfo do México, ele deve chegar na flórida ainda nesta quarta-feira (10), segundo informações do Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês) dos Estados Unidos.
De acordo com o último boletim do NHC, divulgado às 2h locais (3h de Brasília), a força de Michael é uma "situação de perigo fatal". Nesta atualização, as autoridades divulgaram que o olho do furacão está localizado a 275 quilômetros de Apalachicola e a 290 quilômetros de Panama City, ambas na Flórida, e avança para o norte.
Conforme previsão do NHC, o furacão seguirá se fortalecendo durante as próximas horas até tocar a terra na Flórida, embora não há certeza se alcançará a categoria 5, reservada para furacões com ventos de 252 km/h ou mais.
Depois de tocar a terra na Flórida, entre quarta (10) e quinta-feira (11), ele deve atravessar o sudeste dos Estados Unidos até voltar a sair para o Oceano Atlântico na sexta (12).
Michael poderá ser "a tormenta mais devastadora a atingir a Flórida em décadas", advertiu o governador Rick Scott. Nesta terça-feira (9), o presidente Donald Trump declarou o estado de emergência na Flórida, o que permite a liberação de verbas federais.
A Flórida e o estado vizinho do Alabama já haviam declarado o estado de emergência e as áreas costeiras na zona de impacto estão sob ordens de evacuação obrigatória. De acordo com a rede ABC, isso afeta ao menos 120 mil pessoas.
Maré potencialmente mortal
As ondas podem atingir até 3,6 metros em algumas áreas do oeste da Flórida, enquanto se espera de 10 a 20 cm de chuva no oeste de Cuba e no noroeste da Flórida.
— O potencial de uma maré de 12 pés [3,6 metros] é simplesmente mortal — afirmou o governador Rick Scott.
O tráfego começava a se acentuar, enquanto as filas nos postos de gasolina continuavam e os moradores preparavam sacos de areia para proteger suas casas na terça-feira.
Histórico
Em setembro, o furacão Florence atingiu o sudeste dos Estados Unidos como um furacão de categoria 1 e inundou grandes partes dos estados da Carolina do Norte e Carolina do Sul, norte da Flórida.
No ano passado, uma série de furacões catastróficos atingiu o Atlântico ocidental. Os mais devastadores foram Harvey no Texas, Irma no Caribe e Flórida e Maria, que atingiu o Caribe e deixou quase 3.000 mortos no território americano de Porto Rico.
Os cientistas têm alertado que o aquecimento global produzirá ciclones mais destrutivos e, segundo alguns, a evidência já é visível.
A temporada de furacões no Atlântico termina em 30 de novembro. Este ano houve 13 tempestades nomeadas, sete das quais se tornaram um furacão.