O autor do ataque desta terça-feira (29) em Liege, leste da Bélgica, tomou as armas de serviço de duas policiais depois de agredir as agentes com uma faca, informou a Procuradoria. Ele utilizou as armas para matar as policiais e o passageiro de um veículo. O agressor foi morto em um confronto com policiais logo depois.
A ação ocorreu por volta das 10h30min (5h30min de Brasília) quando o individuo, que estava com uma arma branca, "agrediu por trás as duas agentes com várias facadas", explicou o Procurador da Realeza, Philippe Duilieu, em uma entrevista coletiva em Liege.
— O agressor pegou as armas de serviço e as utilizou contra as policiais, que morreram. Depois atirou contra um jovem de 22 anos que estava no banco do passageiro de um veículo estacionado, que morreu — disse Duilieu.
Após matar as três pessoas, o autor do ataque invadiu o instituto Waha, "onde fez uma funcionária como refém". Os policiais "neutralizaram" o agressor quando ele saiu do centro de ensino atirando contra os agentes, indicou o procurador. Dois policiais ficaram feridos.
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De acordo com a imprensa belga, o agressor seria um homem nascido em 1982, que deixou a prisão de Lantin na véspera. A Procuradoria Federal daquele país, que atua em casos de terrorismo, assumiu a investigação do ataque.
Os policiais e militares foram alvos de várias agressões desde 2016 na Bélgica, onde o grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou um atentado em março daquele ano, que deixou 32 mortos no metrô e aeroporto de Bruxelas.
O último ataque considerado terrorista no país aconteceu em 25 de agosto de 2017, quando um homem de 30 anos de origem somali atacou, com uma faca, dois soldados aos gritos de "Allahu Akbar" (Alá é grande) no centro de Bruxelas.
* AFP