
Quatro palestinos morreram, nesta sexta-feira (20), em confronto com o exército israelense na fronteira da Faixa de Gaza com Israel. Esta é a quarta sexta-feira consecutiva de protestos. Desde 30 de março, 38 pessoas já morreram nos conflitos.
Um adolescente de 15 anos e dois homens de 24 e 25, respectivamente, foram mortos a tiros no norte do enclave. Um quarto palestino, de 29 anos, foi morto no sul da Faixa de Gaza.
A Faixa de Gaza — localizada entre Israel, Egito e o Mediterrâneo — controlada pelo movimento islâmico Hamas, registra desde março grandes manifestações de palestinos.
Nesta sexta-feira, aviões militares israelenses jogaram panfletos na fronteira com advertências.
"Estão participando de manifestações violentas. A organização terrorista Hamas se aproveita de vocês para cometer ataques terroristas", dizem os panfletos, acrescentando: "Fiquem longe da cerca e não tentem danificá-la. Evitem usar armas e cometer atos violentos contra as forças de segurança israelenses e os cidadãos israelenses".

O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, disse, nesta sexta, em visita à fronteira que "o que o outro lado tem de entender é que temos um exército determinado e treinado aqui".
Os palestinos marcham até a fronteira para reivindicar o direito de retornar às suas terras, de onde fugiram ou foram expulsos com a criação do Estado de Israel em 1948. Também denunciam o bloqueio imposto por Israel há mais de 10 anos para conter o Hamas, que comanda o território, com quem Israel travou três guerras desde 2008.